quinta-feira, 14 de abril de 2011

Polícia Civil levanta carência para concurso.

O concurso para a Polícia Civil de Minas Gerais (PC-MG) começa a ganhar contornos reais, ainda que embrionários. Em reunião realizada no último dia 6/04, a subsecretária de Gestão de Pessoal da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão, Fernanda Neves, anunciou que o governo dará início ao processo de organização da seleção.
O próximo passo é a quantificação do déficit de pessoal, a cargo da própria Polícia Civil. Segundo a assessoria de imprensa da Seplag, a expectativa é que o estudo já esteja pronto na próxima reunião de coordenação geral de planejamento, gestão e finanças, em maio, quando a proposta do concurso poderá ser apreciada, com base nos números do levantamento. Participam dessa reunião representantes de todas as secretarias e órgãos de planejamento do estado.
Apesar da reclamação dos sindicatos sobre as condições de trabalho ruins e a falta de concursos, a Seplag afirmou em nota oficial que no período de 2003 a 2006 foram contratados mais de 4.378 servidores, entre delegados, agentes de polícia,  médicos legistas e peritos criminais. Na mesma nota, a Secretaria de Planejamento e Gestão informa que o processo de avaliação da necessidade de novos concursos deve ter início no próximo semestre.
O Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais (Sindpol-MG) e o Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de Minas Gerais (Sindepominas) realizaram assembleias semana passada, em protesto contra a atual situação da PC-MG.
Último concurso
Com um total de 738 vagas, o último concurso realizado pela Polícia Civil aconteceu em 2008. Foram oferecidas oportunidades para os cargos de agente de polícia (383), escrivão de polícia (157), delegado de polícia (124) e perito criminal (74). Nesta seleção, a escolaridade exigida para os cargos de escrivão e agente de polícia era o nível médio, o que mudou com o novo estatuto da PC-MG. Agora todos os cargos demandam nível superior.
As remunerações iniciais oferecidas foram de R$4.108,42 para delegado de polícia, R$3.177,23 para perito criminal e R$1.467,29 para os cargos de escrivão e agente de polícia. O concurso teve validade de seis meses, que já expirou. Para serem incorporados à Polícia Civil do estado, os candidatos tiveram que passar por cinco fases: prova objetiva, avaliação psicológica, exames biomédicos e biofísicos, investigação social e o Curso de Formação Policial.
No exames objetivos, foram cobradas as disciplinas de português, matemática, física, química, biologia, noções de informática e direitos humanos. Os candidatos tinham que ter aproveitamento global de pelo menos 60%, além de conseguir o mínimo de 20% dos pontos em todas as disciplinas.
O curso de formação policial, última fase da seleção, teve duração de 720 horas/aula. O curso se propõe a formar os novos policiais segundo três pilares: formação humana, histórica e social; formação técnico-procedimental; e formação integrada, que vai mostrar como as questões teóricas se aplicam na prática da atividade policial. Os aspirantes passam depois por uma prova final, onde têm de obter ao menos 60% dos pontos para conseguir a aprovação no Curso de Formação Policial.
Fonte: Folha Dirigida

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